História dos feriados: O Carnaval

A origem


O Carnaval é uma festa originária da Grécia;por volta dos anos 600 a 520 a.C. através dessa festa os gregos realizam seus cultos em agradecimento aos deuses
pelas fertilidades do solo e pela produção. Posteriormente, os gregos e romanos inseriram bebidas e práticas sexuais na festa, tornando-a intolerável aos olhos
da Igreja.
Com o passar do tempo, o carnaval passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica, o que ocorreu de fato em 590 d.C.
A partir da adoção do carnaval por corte da Igreja, a festa passou a ser comemorada através de cultos oficiais o que bania os "atos pecaminosos". Tal modificação
foi fortemente espantosa aos olhos do povo, já que fugia das reais origens da festa, como o festejo pela alegria e pelas conquistas.
Na cidade de Veneza /Itália, a festa carnavale surge a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católica, antecedida por quarta duas do jejum, a
Quaresma. Este longo período de privação acabaria por incentivo. A reunião antecederam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma. A palavra "carnaval" está
desse modo, relacionada com a idéia de "afastamento" dos prazeres da carne marcado pela expressão "carne vale", o que acabou formando a palavra "carnaval".


Em geral, o carnaval tem a duração de três dias, os dias que antecedem a Quarta-feira de Cinzas. Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, esses
três dias são chamados de "gordos", carnaval carioca. O Zé-Pereira (tocador de lombo) marcou espaço nos antigos carnavais do Rio de Janeiro.
O sapateiro português José Nogueira de Azevedo teria sido o introdutor, em 1846, do hábito de animais a folia carnavalesco com zabumbas e tambores, percutidos em passeatas pelas ruas. Meio século mais tarde, o ator Francisco Correia Vasquies encenou uma paródia de Jes. Pompers de Nanteva (os bombeiros de Nanteva) na qual contou a quadrinha que celebrou o já consagrado personagem "carnaval". E viva o Zé-Pereira/ Pois que a ninguém faz mal/ Viva a bebedeira/ nos dias de carnaval.


Com o passar do tempo


No período do renascimento as festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporavam os bailes de máscaras,com suas ricas fantasias e os carros ricos. Ao caráter de festa popular e desorganizado juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivante a festa foi tomando o formato atual.
Durante o período do carnaval havia uma grande concentração de festejos populares.Cada cidade brincava a seu modo de acordo com seus costumes. O carnaval moderno feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX. A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo e cidades como Rio de Janeiro se inspiram no carnaval Francês para implantar suas novas festas carnavalesca.


Carnaval no Brasil


O "entrudo", importado dos Açores, foi o precursor das festas de carnaval, trazido pelo colonizador português. Grosseiro, violento, imundo, constitui a forma mais generalizada
desde brincar no período colonial e monárquico, mas também a mais popular. Consistia em lançar sobre os outros foliões: baldes de água, esguichos de bisnagas e limão
(feitos ambos de cera), pó de cal (uma brutalidade,que poderia cegar as pessoas), vinagre, groselha ou vinho e até outros líquidos que estragavam a roupa e a sujavam ou tornavam mal-cheirosas as vítimas.
Esta estupidez, era porém tolerado pelo imperador D.Pedro II e foi praticado com entusiasmo na Quinta Boa Vista e em seus jardins, pela chamada Nobreza...
E foi livre até o aparecimento do lança-perfume no século XX, assim como do completo e do serpentino trazido da Europa.
Nem um décimo do povo participa hoje ativamente do carnaval, ao contrário do que ocorria em sua época de ouro, do fim do século XIX até a década de 1950.
Entretanto, o carnaval brasileiro ainda é considerado um dos melhores do mundo, seja pelos turistas estrangeiros como por boa parte dos brasileiros, principalmente
o público jovem que não alcançou a glória do carnaval. Luis da Câmara Cascudo, etnólogo, musicólogo folclorista, declara:
"O carnaval assistindo, se paga para ver.
O carnaval, digamos, de 1922 era compartilhado, dançado, pulado, gritado e cutucado.
Agora não é mais assim, é para assistir.


1 comentários:

Camila Nascimento disse...

parabéns!!!
A matéria ficou muito boa:)
continuem assim!!

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