José Saramago: Literatura sofre uma grande perda

O escritor português José Saramago, que se destaca pelo estilo particular de pontuar e por ser um dos maiores nomes da literatura atual, faleceu na última sexta-feira, dia 18, contando 87 anos.
Genial, porém cético e pessimista, Saramago causou muitas polêmicas ao decorrer de sua carreira. Suas opiniões pessoais geraram muita repercussão, como no livro “O evangelho segundo Jesus Cristo” que não foi do agrado da igreja católica.
Dentre seus livros, destacam-se "Memorial do convento", "O ano da morte de Ricardo Reis", "A jangada de pedra", "A viagem do elefante", “Intermitências da Morte” e seu  mais recente romance, “Caim” (2009). Também é importante citar a obra "Ensaio sobre a cegueira", que conta a história de uma epidemia branca que cega as pessoas, uma crítica para a cegueira social, que foi levado às telonas em 2008.
Sua morte representa uma perda irreparável para a literatura e para a cultura, mas Saramago sempre estará entre nós, pois o homem pode falecer, mas sua ideias se concretizam no tempo. Nós, fãs deste grande mestre da língua portuguesa, sentiremos falta da riqueza de suas críticas e das opiniões de alguém que se via cansado das injustiças do mundo e do rumo que as coisas têm tomado, sem contar que é triste se acostumar com a ideia de que não teremos mais romances de Saramago.
"Acho que na sociedade atual nos falta filosofia. (...) Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, não vamos a parte nenhuma". Como sempre, sabias palavras de Saramago, perfeitamente aplicadas a esse nosso mundo de valores tão invertidos.

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